terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Achismos de Alguém ~

Acho que já estava na hora de tirar o pó que se
acumulou por aqui enquanto eu estava ocupada
demais para aparecer.
Acho também que hoje merecia um post decente.
Mas eu acho que não sei exatamente o que escrever
e também acho que eu simplesmente achar
não nos leva a lugar algum.
Acho que agora eu já tenho um
sorriso bobo demais e que as borboletas
resolveram voltar ao meu estômago, junto
com um friozinho confortável.
Acho que não sei mais o que eu acho.
O 'achar' é um pouco chato de vez em quando.
Tedioso, eu diria.
.
.
.
por Gabi, que está achando tãããão
bom não achar nada. x)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

.

E de repente, não mais que de repente, sente-se um vazio.

Vazio daquilo que foi, mas não era.

Daquilo que era, mas não foi.

Daquilo que poderia ter sido, mas nunca seria.

Daquilo que seria se simplesmente tivesse sido.


E percebe-se que o mundo está realmente onde deveria estar.

Mas alguém está errado nesse mundo.


E as respostas poderiam ser entregues num envelope pelo correio.

E as pessoas poderiam ser mais simples.

E os sonhos poderiam ser mais do que pesadelos.

E as histórias poderiam ser menos tristes.


E nota-se que andando na chuva realmente não se encontra ninguém.

Não quando você realmente não quer encontrar.


Mas, pelo visto, é só parar de procurar.

Porque procurar é notar.

E notar é perder.


E há quem diga que borboletas trazem sorte.

Há aqueles que acreditam em amor.

Há quem garanta que tudo pode acontecer.

E há quem não acredite em nada.

Nem em sofrer.


A sorte poderá vir numa manhã de chuva.

O amor poderá chegar pulando corda.

A crença em tudo; em nada.

...


Deve ser tudo por causa do estômago roncando.



por Gabi.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Quem sabe o Tempo...

Dizem que o tempo muda as pessoas. Muda as situações. Muda os pensamentos. Muda as opiniões.

Dizem também que nada sobrevive ao tempo. Tudo cansa. Tudo passa. Tudo se perde.

Que o tempo muda as pessoas, isso é certo. Não falo aqui de mudanças físicas, mas psicológicas.

Possivelmente, é no momento – ou período – em que os pensamentos começam a ficar confusos demais que se percebe uma transição que não poderia ser impedida. E, quando vai ver, já foi.

É o tempo passando e levando consigo o que não nos pertence mais.

Mas será que um dia tivemos posse de algo?

Estranho como a opinião pode ser livremente moldada. Não deveria ser algo pelo que se luta até o fim?

Vai ver nada mais dure tempo algum.

Pode ser que tudo não passe de um simples passado, que não pode ser presente, muito menos futuro.

Mas será que tudo passa realmente? Tudo cansa? Tudo se perde?

Provavelmente tudo passa, cansa e se perde porque a opinião, o pensamento, a situação, a pessoa, tudo muda com o tempo.

Este, que leva tudo e acaba deixando nada.

Pode ser que tudo seja tão absurdamente simples, que passa a ser extremamente confuso.

...

Dizem que o tempo resolve tudo.


por Gabi.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

.Perigos de uma Mente Insone.

É interessante e, ao mesmo tempo, bizarro a capacidade que a mente tem de funcionar quando se está ocioso.

A minha, estranhamente, resolve se divertir além do ócio.

Eis que surgem idéias mirabolantes. Mas, o grande mal está nas conversas freqüentes travadas na minha área consciente.

O que ocorre é o seguinte:

Da mesma forma que a inspiração foi-se, levou de mãos dadas o sono. Só restou a insônia.

Esta, por sua vez, resolveu que estaria sempre presente; não vai embora nem com a vontade que vai além do limite – quase mínima – de assistir aos canais super animados de leilão de bois e afins, juntamente com aquela mão e pescoço – de alguém que não tenho a mínima idéia de quem seja – cheios de jóias. Detalhe: tanto os bois quanto as jóias são impagáveis.

Mas enfim, a insônia não vai embora de jeito nenhum. E é aí que mora o perigo.

Desistindo da televisão, tenta-se outras técnicas.

Tudo se inicia com a contagem de carneirinhos. Primeiro é simplesmente ‘um carneirinho, dois carneirinhos, ...’. Mais tarde já se torna ‘um carneirinho pulando a cerca.’. Um pouco depois de mais tarde ‘um carneirinho fofinho, branquinho e felpudo pulando a cerca, que está longe demais da casa do dono da fazenda, e como ele é um velho desnaturado, vai perder suas ovelhas, que irão saltar livremente pelos pastos verdinhos da fazenda vizinha.’

Viram? É só pestanejar um segundo, que a minha mente já me passou a perna.

A outra opção – quando os carneiros já pularam todos para a fazenda vizinha – é de pensar em coisas que dêem sono: travesseiro, pessoas bocejando, cobertores, chá.

A falha desta opção, porém, é que no momento em que se chega ao chá, o sono já se perdeu. Seja porque chá simplesmente seja uma água com gosto. Vai saber.

Contudo, há outra alternativa, a última cartada, os segundos antes da piscadela do assassino em sua última vítima no detetive: pensar em tudo e em todos.

Assim aparecem as conversas protagonizadas pela mente.

Tudo se inicia com uma certa cena presenciada há pouco ou muito tempo. A partir daí, normalmente, se revive cada detalhe, cada coisa dita.

E então surgem as coisas não-ditas. Palavras que não passaram pelo pensamento, ou então que nem existiam na época, no momento.

Começa o embate. ‘E se eu tivesse feito aquilo, daquele jeito?’ ou, então ‘E se eu tivesse dito isso?’. Simples. Mas somente até esse ponto. Depois, se passa a ter certeza de que, na próxima oportunidade, tudo virá à tona, e as palavras tomarão seu lugar. ‘Deixa uma próxima vez...’ Então os diálogos já começam a se formar sozinhos, as cenas e situações já vão sendo idealizadas.

E somente depois de muita confusão em uma mente tão pequena, percebe-se que não há espaço suficiente nesse mundo: ou eu, ou ela.

A mente, claro, vence. Só me resta dormir, e deixar que ela continue viajando... nem que seja em sonhos.



por Gabi, que já está cansada de ficar planejando
feitos mirabolantes e maneiras de controlar a humanidade; só
quer uma mísera noite de sono.

sábado, 12 de julho de 2008

Mais uma folha em Branco...

Estava sozinha. A mente não trabalhava.

Primeiro, a vontade.

Algo que veio do nada.

Depois, a imaginação.

Pegou-se idealizando cada detalhe.

Seguiu-se a tentativa.

Parou para pensar. Tentou pensar.

Por fim, a frustração.

Percebeu que não teria jeito.


...


Estava sentada em frente a uma folha de papel em branco.

Folha esta que transmitia exatamente tudo o que tentara fazer nos últimos tempos: apenas nada.

Tentara escrever, mas as palavras lhe fugiam. Optou por desenhar, mas a idéia não chegava ao papel.

Idéia. Idéia não existia. A criatividade foi-se com as dúvidas da última manhã.

Levando consigo tudo.

Deixando o nada.

E a folha continuava ali. Vazia.

A incapacidade de preencher a folha à sua frente estava lhe causando angústia.

Angústia por saber que há capacidade, mas alguma coisa falta.

Algo para andar de mãos dadas com a certeza de que se pode fazer algo.

A mente continua a trabalhar.

Viajar.

Sonhar.

Porém há uma barreira entre o que se pensa e o que se pode criar.

Uma tentativa. Falha. Novamente.

Duas. Poderia fazer isso melhor. Quem sabe se algo for mudado.

Três. Desastre.

Até que o cansaço triunfa.

Apagar tudo. Deixar o nada.

E só resta a mesma folha em branco.

Quem sabe da próxima vez...



por Gabi, que percebeu que a folha em branco
está virando uma constante.

domingo, 29 de junho de 2008

[.Dúvidas às 22h40.]

... dá certo planejar o futuro?

... viver o hoje? Ou o amanhã?

... ter a certeza de que ainda é cedo, ou a incerteza de que já é tarde?

... buscar todas as respostas? Analisar todas as perguntas?

... saber que nada é eterno? Aceitar que nada é eterno?

... dar valor a um sorriso? Realmente dar valor a um sorriso quando se está à beira de lágrimas?

... os amigos? ...

... uma palavra pode mudar tudo? Duas? Três?

... e quando o tudo não é o bastante? E quando nada é o suficiente?

... e quando o vazio volta a tomar seu lugar? E quando são diversos vazios?

... o cansaço é sinal de quê? E a preguiça?

... as coisas fazem sentido? Elas farão em algum momento?

... buscar o sentido das coisas?

... viver, simplesmente?

... e a falta? O que fazer com ela?

... as coisas que dão errado sempre darão errado? Em algum momento tudo dá certo?

... acreditar?

... qual é o limite? Existe limite?

... e a indecisão?

... e a complexidade? E o querer entender?

... e os sentimentos? ...

... e a dúvida eterna? É possível uma dúvida eterna?

... o amor-próprio?

... a felicidade?

... até que ponto? Qual é o ponto?

...

...


Tantas perguntas para um pessoa só...



por Gabi.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

E já se foi o primeiro semestre...

Parece que foi ontem que eu perdia noites de sono pensando em como seria o trote da faculdade. *Sim, sou dessas que não dorme por qualquer frescura.*

E, no entanto, o trote foi tãããão divertido. Tirando a parte da tinta no cabelo, claro.

Contudo, da mesma forma que começou, o semestre passou extremamente rápido.

As primeiras semanas, a calmaria. Depois, trabalhos e mais trabalhos. Seminários, resumos.

Faculdade é coisa de gente doida. E, como esta que vos escreve já não é normal, na faculdade ficou pior.

... a vez em que, numa das primeiras aulas de Fotografia, fomos literalmente caçar pessoas pelo campus para servirem de modelo enquanto fazíamos nosso trabalho;

... a vez em que fiquei presa no bueiro da faculdade;

... a sensação estranha de que o banheiro era comunitário na primeira vez em que pisou-se no recinto e ouviu vozes do sexo oposto dentro do banheiro;

... a vez em que quase revivi o Titanic no banheiro, por culpa de uma descarga exagerada;

... a vez em que a Dri disse que eu quebrei a pia do banheiro, só porque na noite seguinte a que eu a usei, ela desapareceu do local;

... o eterno preconceito com o sabonete branco;

... o período em que a Dri queria me jogar no laguinho da Facul só pra ter uma reportagem decente;

... o aniversário da Vivi, o meu e o da Ju;

... as fofocas maldosas – e, diga-se de passagem, foram muitas – sobre assuntos aleatórios;

... os desenhos na lousa da Facul, que sempre têm de ser trágicos;

... os bilhetinhos trocados durante as aulas; podemos fazer um livro já!

... momentos tensos antes das provas – mesmo que eu sempre vá dar uma voltinha para passar a tensão;

... os rôles de vassoura;

... o dia em que eu a a Dri nos perdemos enquanto procurávamos o corredor de PP;

... a máxima ‘Te convido para um duelo.’;

... as piadinhas fora de hora;

... as piadinhas na hora certa;

... a eterna sensação de que ficou, e ficou bonito ainda, de exame em História da Arte;

... o alívio quando a nota de História da Arte veio, depois de uma prova de Política;

... o choro, a risada, o choro, a risada;

... os passeios ao shopping;

... o Mc Donald’s e a comida Japonesa;

... a vez em que pulei corda com o cachecol cor-de-rosa da Dri;

... os eternos bolinhos xD;

... as filosofias;

... as batatinhas do tio do estacionamento antes de começas a aula;

... o tumultuo da lanchonete para se comprar uma sfiha;

... a coca-cola;

... a casquinha do Mc Donald’s;

... as conversas de Janela;

... o fato de que nos tornamos fumantes passivos devido ao nosso corredor ser o Fumódromo da faculdade – até porque, todo mundo vem fumar lá. Ninguém se contenta em fumar no seu próprio corredor. ‘Vamos para o corredor de Jo e RTv’. =P

... as dores de cabeça por causa de seminários;

... a idéia de criar uma linha de ônibus só para que eu não tenha que pegar o Praça da Sé e chegar ou extremamente cedo na Facul ou, quando ele resolve me passar a perna, atrasadíssima;

... o alívio repentino por perceber que já se foi um semestre; agora, férias;

... a tristeza por saber que toda essa gente já faz parte do cotidiano, e, por hora, isso está suspenso;

...

Porque, afinal, eu aposto corrida para ver quem chega primeiro no bebedouro que tem a água melhor, mas as pessoas definitivamente são estranhas.


por Gabi, que poderia passar o dia escrevendo
as aventuras do primeiro semestre de faculdade; mas se
contenta com essas, por enquanto.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

.Sonhos.

Qual é o limite entre sonho e realidade?

O que delineia o imaginário e o real?

Qual é a linha tênue que separa a imaginação da razão?

Existe uma linha tênue?

...

Nesse mundo completamente estranho, existe um variado tipo de pessoas. Mais especificamente, há aquelas que acreditam que os sonhos têm significados, e há também, em contrapartida, aquelas que simplesmente sonham.

Eis que surge a questão: ‘E aí? Os sonhos têm significados ou não?’

...

Os sonhos devem significar alguma coisa?

...

Qualquer busca pelo Google leva a dezenas – se não centenas – de páginas que vão desde associar momentos, sentimentos e objetos presentes no sonho a um significado, até a busca pelo entendimento do contexto geral do sonho.

Será que sonhos são somente sonhos? Ou será que devemos compreendê-los?

Já ouvi muitas pessoas dizerem que os sonhos são simples reflexos das nossas preocupações. É tiro e queda: tem alguma coisa te preocupando? Prepare-se para sonhar com ela.

Alguém também já disse que os sonhos são a maneira que nossa mente encontra para nos deixar feliz. Quando se quer muito uma coisa, é por meio do sonho que a conseguirá primeiramente.

Também já ouvi que se seu dia foi ruim, certamente terá pesadelos; se foi bom, poderá dormir em paz.

...

Vai ver essa coisa de sonhos faz tanto sentido quanto querer levar a vida baseada nos signos.

Vai ver não faz sentido entender os sonhos.

Vai ver não faz sentido lembrar dos sonhos.

Vai ver nada faz sentido.

...

Que esta que vos escreve deixe de sonhar.




por Gabi, que tem sonhado coisas estranhas e, da última
vez que sonhou, a única coisa que ganhou foi
uma bela dor no pescoço.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Cheiros...

Acredito que, por ser uma míope em potencial, tiveram pena de mim e disseram: ‘Gabriela, você vai ter um olfato até que bom’.

Tá, não deve ter sido assim.

O que ocorre é que para compensar a cegueira noturna – quem vê pensa que realmente sou cega – tenho um olfato extremamente perfeito e, como se não bastasse, exigente.

Pode parecer coisa de louco, ficar prestando atenção em cheiros.

Juro. Não é de propósito. Se pudesse e soubesse como, pararia com essa história de associar cheiro à lembranças, ou lembranças a cheiros.

Tem uns que são realmente importantes, e que, antes que se possa parar e pensar, já formaram imagens e trouxeram lembranças.

Cheiro de pão de queijo quentinho sempre me lembra uma determinada cena: quando mamis estava grávida do pentelho que sou obrigada a aturar, uma vez meu pai trouxe pão de queijo quando voltava do trabalho. Lembro que estava sentada no braço do sofá, brincando com as milhares de barbies. Não que meu pai nunca trouxesse pão de queijo. RS. Mas essa cena em especial me marcou.

Cheiro de grama recém cortada me lembra uma chácara em que eu fui uma vez, quando era pequena, mas que não lembro onde, nem quando fui exatamente.

Cheiro de secador de cabelo sempre me lembra o único cabeleireiro que existe no Shopping Fiesta.

Cheiro de macarrão sendo cozido sempre me lembra feiras de anime e mangá *as trocentas em companhia do Luís*.

Cheiro de giz de lousa sempre me faz lembrar as amarelinhas desenhadas no meio da rua aqui de casa, na época em que as crianças ainda eram crianças; na época em que o ‘inferno’ desenhado no chão era sempre exageradamente maior que o ‘céu’.

Tintas com cheiro forte sempre me fazem lembrar quando mamis resolveu que iria pintar a casa, incluindo assim portas e janelas; chega a ser palpável a lembrança daquela maldita tinta marrom nas janelas.

Cheiro de sazon sempre me faz lembrar a mamis, principalmente do arroz amarelinho.

Cheiro de frango cozido sempre me faz lembrar o colegial: as manhãs em que a tia da cozinha resolvia que iria nos presentear com o cheiro do frango subindo até nossa sala, como se já não fosse suficientemente ruim ter que agüentar a barriga roncando em plena 8hrs.

Cheiro de noite fria sempre me faz lembrar o namorido.

Cheiro de sorvete de morango, chocolate quente, halls, Xerox recém tirada, caneta bic, amaciante de roupa, chá de erva cidreira, livro novo, coca-cola;

Cheiro de noite com neblina, as plantas na manhã seguinte;

Cheiros, cheiros, cheiros...

Vai ver eu tenha algum problema com cheiros...


por Gabi, que as vezes viaja perdida em meio a cheiros..

segunda-feira, 16 de junho de 2008

E o Carneiro vai ao Banho. No Frio.

No momento em que ouvi a voz da minha mãe ecoando pelo corredor, chegando ao quarto, percebi que deveria fingir que ainda estava perdida em sonhos.

Assim que me dei conta de que o já não poderia mais pular nas nuvens fofinhas, percebi que algo estava diferente: uma leve sensação de que estava frio – e esse frio transpassava meus cobertores.

Foi então que lembrei que teria de levar a cachorra para tomar banho. Olhei a hora no celular: 8h24. Ainda dava tempo de mais um cochilo.

Só que a mamis querida sabe que essa que vos escreve possui certas façanhas para não sair da cama, e já estava lá ela berrando para que eu não esquecesse o banho da cachorra.

Olho novamente a hora. 8h36. Se eu não saísse da cama nesse exato minuto, ia ter briga em casa.

E, para a minha extrema felicidade quando meus pés tocaram o piso do quarto, estava frio.

Me troquei e blábláblá. Fui saindo com a cachorra no meu encalço.

Contudo, assim que coloquei o pé na rua, dei graças a Deus por não ter mais que acordar 6hrs. Afinal, pobres dos que têm. RS.

E, como se já não fosse ruim o bastante levar a cachorra para tomar banho *nota explicativa: a minha cachorra não sabe andar na rua. Fica pulando de um lado pro outro que nem um carneiro serelepe*. Voltando, como se já não fosse ruim o bastante levar o carneiro saltitante para tomar banho, eis que, no meio do caminho, há um aglomerado de homens em meio a seu objetivo: arrumar o esgoto que vive escorrendo pela rua.

O problema não era exatamente um problema. Afinal, eles estavam ali, na esquina, arrumando o esgoto. O verdadeiro problema foi que, com o meu carneiro saltitante era realmente difícil passar por ali, pois eles estavam na esquina.

Mas, depois de uma manobra inusitada, eis que consigo levar o carneiro ao banho. E volto, sozinha, no frio.

Abençoado seja o frio.

Depois, ainda fui buscar o carneiro. Não há um leva-e-traz de carneiros. ¬¬

No frio.

Mas agora, o que realmente me espera, é o trabalho. Já estou me preparando aqui para virar um bolinho de tantas roupas que colocarei.

Porque, afinal, eu amo frio.

Mas odeio passar frio.


por Gabi, que hoje dá pulinhos de alegria por
não ter de aturar um calor desgraçado.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Para os que estão com o coração às moscas ultimamente...

"Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar.
Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Triiiiiiiiiiiimmm!
É sua mãe...
Quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras.
O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo... ... que você está de banho tomado e camisa, jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio. O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos Outros,... Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio uma locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria,
pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: ... o amor é onipresente. Agora a segunda: ... mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde... depois de uma discussão e... as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista,
depois de aprovado no teste de baliza. ...
Idealizar é sofrer ! Amar é surpreender !"

(Martha Medeiros)

por Gabi, que felizmente... <3 ^^

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Insônia!

É a insônia tomando terreno em meio à tentativa de dormir.

São os sonhos roubados, os caminhos perdidos, os pesadelos incompletos.

É a falta do que não se compreende, daquilo que não se sabe, daquilo que não se tem.

É a dúvida que assola, é a incoerência.

É o momento que não se esquece, a ação que não se perde, a lembrança que não envelhece.

É o pensar no que aflige, no que impede a concentração, no que se perde a concentração.

É a tentativa de chegar ao entendimento de certas palavras, míseras palavras.

É a válvula de escape para se pensar na vida.

É o momento em que os pensamentos tomam forma, ganham vida.

É quando a dúvida aparece, a incerteza resolve fazer uma visita, e permanece.


É a insônia que trás a angústia do saber e não saber, do estar e não estar, do possuir e ao mesmo tempo não possuir.


É a insônia que mostra a inconstância dos pensamentos.


É a insônia que impede o pensamento racional, e abre espaço para divagações.


-------


Que ela desapareça, esta noite. Que não haja impedimento aos sonhos fofinhos. Que carneirinhos sejam o bastante. Que não seja necessário apelar aos pastores do rebanho, nem aos arames farpados existentes na cerca. Nem às árvores que possuem sombra, e em quais seria agradável repousar.

Que não seja necessário divagar entre os animais da Arca de Noé. Que não seja preciso contá-los.

Que o sono chegue.

Que se possa sorrir nos sonhos.

Que se dê descanso aos lábios, que somente sorriem nas últimas horas, e se dê espaço aos sonhos.



por Gabi, que está com insônia nas últimas noites, mas que
pretende fazer qualquer método sonífero eficaz
o suficiente para poder sonhar esta noite.
*alguém conhece alguma mandinga?*

domingo, 25 de maio de 2008

*Gabi finge que tem um título super legal para esse post... lálálaá*

O que caracteriza um amigo?

Realmente não sei. Não de forma abrangente. Mas sei como caracterizar os meus.

Existe aquele tipo alvo de brigas durante os anos escolares. Aquele que se acha o galã de cinema norte-americano, o pegador. Mas que, quando necessário, desce do seu pedestal e acha um tempinho em sua agenda requisitada para ouvir minhas lamúrias, mesmo que seja para, ao final, me responder com um simples ‘Ah! Sei lá!’. Esse é aquele tipo de amigo que não profere palavras de baixo calão se recebe mensagens de madrugada no celular – até porque ele não acorda com o celular.

Existe aquele que não é visto há pelo menos dois anos – e esse tempo só não se tornou maior porque ele deu-se ao trabalho de ir visitar essa pobre mortal que vos escreve em seu antigo colégio. Esse pode ser considerado o amigo mais antigo – mais ou menos desde os primórdios da extinta 1ª série –, mas que comprova que existem coisas que nunca mudam, e a amizade não mudou – mesmo que sendo sustentada por conversas de msn. Isso quando sua boa-vontade não é explorada, e essa alma caridosa ajuda em trabalhos na madrugada – e ele não faz Jornalismo.

Há o amigo mais que amigo. Que era amigo, depois se tornou mais que amigo, depois deixou de ser mais que amigo para ser um completo insuportável. Hoje é mais que amigo novamente, mas é suportável, incrivelmente suportável.

Há a amiga que se brigou durante o colegial. Aquela que demorou quase quatro anos para conseguir compreendê-la, e mesmo assim ainda existem nuvens na nossa amizade. Mas hoje nota-se o quanto faz falta suas ironias malditas, e a técnica de compartilhamento de informações durante as provas ou, melhor dizendo, conferir as respostas.

Há aquele tipo de amigo que desapareceu da sua vida. Simplesmente, a amizade mudou. Não se sabe por qual motivo, nem em que momento isso aconteceu. Mas isso comprova que existem amizades que mudam.

Há também a nova amiga. Aquela que só se conhece há 4 meses – ou menos que isso – mas que já sabe do descontentamento ao ouvir ‘Gabriela e cor-de-rosa’ em uma mesma frase. Meio desligada, às vezes. Complicadíssima. Doida. Companheira de passeios à Paulista – que nos renderam bochechas queimadas de Sol.

Há aquela que te ensinou a ouvir Teatro Mágico e te mostrou que existem pessoas inteligentes ao nosso redor, mesmo que ela não se inclua nisso. E hoje eu me pergunto: ‘E se eu não tivesse reparado que ela estava ali, quietinha? E se não tivesse a chamado para nos ajudar com a Fotonovela?’. Teria perdido a chance de uma amizade incrível. Uma expressão para descrevê-la: Eterna Viajante, ou, se preferir, Simplesmente Desligada.

Há a companheira de Janela, mas que ultimamente deve ter se cansado de nunca obter respostas para todas as suas indagações. Essa é do tipo quietinha, daquelas que não falam nada se você não intimar que fale. Ai, ai... Mas o que seria da vida sem suas perguntas impertinentes? Acho que não haveria conversas de janela sem essas dúvidas que te assolam.

Há a filósofa. É, porque essa é do tipo que resolveu que iria querer tomar o lugar do nosso professor de Teoria da Comunicação, filosofando tudo quanto é coisa que ela ouve. Isso é estressante, quando já se ouviu diversas teorias filosóficas num curto período de tempo. Mas, com toda a certeza, é a companhia perfeita para se discutir futebol. Mesmo quando resolve defender seu time... Tsc, tsc, Mas o melhor mesmo é o veneno escorrendo quando a nossa querida a-mi-ga faz algum comentário. ‘Na crista da Oooonda!’

Tem também aquela que se pode falar que passou a manhã de mau-humor, que os trabalhos estão matando aos pouquinhos qualquer alma. Ela te entende. Pode falar sobre os pitis da a-mi-ga, que ela vai te compreender. E mesmo ela sendo mais velha – não tanto assim! –, parece adolescente quando diz que quer tomar chopp de vinho no boteco perto da faculdade.

Tem aquela que parece saída de um desenho animado. Doida que só, faz barulhos estranhos com a boca nos momentos mais inapropriados. Amiga para contar peripécias do feriado e dar risadas até ter dor na barriga.

Tem aquela distante que nunca viu na vida, mas que parece conhecer desde sempre. Aquela que por acaso, se conheceu porque ela gostou do que se escrevia e vice-versa. Mesmo morando a uma distância considerável, parece estar aqui ao lado quando se precisa. Afinal, quem tem um Pégasus tem tudo.

E, claro, tem aquele amigo – pensou que eu iria esquecer de você, né? Aquele que não existia assuntos pra conversa, depois passou a existir. Mas que hoje, dificilmente, consegue-se manter uma conversa longa. Tirando a de ontem, quando discutíamos a forma como eu irei ferrar com a professora de História da Arte...

-----

Não tenho todos os amigos em um só, mas tenho em todos o que preciso. Todos que completam essa minha vida complicada e confusa. Cada um tem seu espacinho, seu momento, sua importância.

Existem pessoas que passam a vida a procura de um amigo. Eu tenho todos esses. E me sinto realmente feliz, e grata, por todos vocês me aturarem.



por Gabi, que nos últimos segundos passou a acreditar que seus
amigos realmente têm muuuuuita paciência com essa
pessoa tão comum...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Simples Assim...

Passou-se de 22hrs. E, inexplicavelmente, bateu uma saudade.

Saudade... A língua portuguesa é a única que possui a palavra que consegue definir e ao mesmo tempo distanciar o que se sente.

Saudade é a lembrança que ficou no passado, mas que resolve dar as caras em momentos que não se pode escolher.

Abrangente, mas ao mesmo tempo incrivelmente restrita.

O momento que volta, mas que não passa de uma lembrança; uma lembrança de um momento.

Faz brotar um sorriso em meio a pensamentos, mas também permite que lágrimas há muito esquecidas voltem a nascer.

O sentimento que toma conta da razão, ou a razão criando espaço em meio a um sentimento;

Um sentimento; um estado.

A lacuna entre o presente e o passado; medo de seguir para o futuro.

É o aperto no peito; o fechar dos olhos; o sorriso no canto dos lábios.

É o ter e não ter; estar e não estar.

É a companhia ausente; a ausência consumada; a ausência acompanhada.

É o vazio inconstante; o vazio constante; o vazio inexistente.

É Saudade, simplesmente...


por Gabi, que anda sentindo saudade de muita coisa nos
últimos tempos...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

E o Vilão Morre No Final...

Hoje até o sol resolveu dar as caras por aqui. Chegou assim, escondendo-se entre o mundaréu de nuvens. Mas apareceu.

Ontem foi a apresentação do seminário. Pois é.

Fui ensaiando o que eu ia falar desde o ponto de ônibus, onde acredito que as pessoas que olhavam a cena acharam que eu tinha algum tipo de problema. Mas, afinal eu só estava ensaiando.

Quando cheguei na faculdade, continuei memorizando tudo o que seria necessário explicar sobre cada slide, mas somente quando pisei na sala e senti aquele clima tenso foi que me dei conta: ‘Ai meu Deus! É hoje!’

A sala estava povoada por pessoas que, de certa forma, pareciam estar em um mundo próprio. Cada um com a cabeça baixa, grifando com marca-texto amarela ou verde as partes importantes que deveria se lembrar em meio aquele calhamaço de folhas e mais folhas. Cada um lia baixinho sua respectiva parte, sentado em sua cadeira, na esperança que chegasse um luz e houvesse um milagre.

O primeiro grupo finalmente começou a apresentar. Fontes disseram que a apresentação estava muito bonita e que mereceu o 9,5 dado pelo professor, mas nesse momento eu já estava longe: tinha corrido para a Biblioteca para ensaiar.

Era a primeira vez que o grupo se reunia para ensaiar. Porém, quando vimos, já estava na nossa hora de apresentar.

E então começa a correria. Sim, porque fomos avisados que a pessoa que fecharia o seminário sobre a Internet já estava falando, e logo seria nossa vez. A cena foi estranha: eu e a Evelyn correndo desde a Biblioteca, atravessando o laguinho, quase atropelando uns caras que estavam filmando não-sei-o-que no corredor, mas, finalmente chegamos à sala.

O peito arfando, a respiração faltando e a certeza de que tudo daria errado: esta era eu segundos antes da apresentação.

Depois de uma palavrinha com o professor, eis que o seminário começa.

Apresentei nosso trabalho e comecei a explicar. Do momento em que expliquei Cross Media até o período em que justificava minha apresentação com uma teia de aranha, estava travada. Somente quando dou o exemplo categórico usando o Joseph de cobaia é que sinto os músculos relaxarem. É aí que começa o seminário de verdade.

Depois, assisti ao meu grupo e acabei percebendo que, afinal, a nossa correria toda tinha valido a pena. Que mesmo que viesse uma nota baixa, somente o alívio de que tudo acabou, que já seria possível dormir que nem gente, já era suficiente.

O professor então diz que quer falar com os grupos que apresentaram naquela noite, que o resto das pessoas saíssem da sala. O momento decisivo.

Porém, a tensão do nosso grupo se dissipou quando nos reunimos para esperar pelos comentários do professor. Começamos a dar risadas e a fazer piadinhas. Tinha acabado.

Quando o professor chegou ao nosso grupo, uma surpresa: tiramos 8,0. O alívio não poderia ser maior.

...

Foi divertido... Apesar de tudo.

...


por Gabi, que no momento só consegue sorrir ao pensar
que os últimos dias foram somente de lágrimas quando o assunto
era seminário...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Na Madrugada...

Não, esse não é o começo daquele funk medonho 'na madrugadaa, abandonadaaa, e não atende o celulaaaaarrr...' e nem de nenhum outro que possa passar por sua mente. ¬¬

-------

Putz... são 2h30min da matina de segunda-feira. Eu deveria estar no meu sétimo sono, sonhando com carneirinhos pulando a cerca, enquanto corro por campos verdinhos com uma leve brisa fazendo cóceguinhas nas minhas bochechas. Mas não, estou – ou deveria estar – fazendo trabalho de Teoria do Jornalismo. Aquele, sabe, que tem a palavra maldita... Seminário – Shiii! Senão alguém escuta essa palavra.

Minha cabeça dói devido ao tempo que estou olhando pra tela do computador, lendo, lendo e lendo um pouquinho mais. Para quem tem a curiosidade de saber sobre o quê eu leio, sinta-se a vontade de questionar: é Cross Media. E, para aqueles que acham que jogar no Google vai trazer a luz do entendimento, aff.. Economizem luz. Se o Google ajudasse em alguma coisa nessa Cross Media, eu não estaria acordada até essa hora.

Meus olhos estão fechando, e eu já começo a enxergar tudo rodando, rodando, rodandooo. Está bem, nem é pra tanto. Eu só estou com a vista cansada. Só isso.

Minhas costas reclamam das – deixa eu ver aqui no Shareaza que está aberto desde então – nove horas e cinqüenta e quatro minutos que eu estou sentada nessa cadeira, que deveria ser confortável, mas que devido ao frio imenso que está aqui e eu estou enrolada num cobertor gigante, está bem desconfortável.

Minha barriga está fazendo barulhos monstruosos, mas estou com uma preguiça tremenda de levantar e descer as escadas para assaltar a geladeira. Tirando o fato, claro, que eu teria de passar pelo quarto dos meus pais, e a minha mãe provavelmente acordaria, me perguntando por que raios eu estava perambulando pela casa àquela hora da madrugada.

Já perdi a sensibilidade dos meus dedos, que no momento, já escrevem sozinhos enquanto meu cérebro se preocupa em não descansar.

Meus pés começam a formigar. Ops! Sinal de que a câimbra está a caminho. E como se eu já não tivesse câimbras o suficiente...

Bom, agora é melhor eu voltar ao meu trabalho. Sei lá, desisti de esperar uma alma caridosa fazê-lo por mim – tirando o Gui, claro, que me salvou essa madrugada.


por Gabi, que jura que se ouvir a expressão Cross Media
depois de quarta-feira, não irá se responsabilizar por
danos causados ao emissor de tal blasfêmia.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Trabalhos: Vilões ou Mocinhos?

Não, não me refiro ao trabalho de todo dia – ou de toda tarde, como é o meu caso. Mas sim aqueles quilométricos trabalhos acadêmicos aos quais delegamos nossos finais de semana em pró de uma nota extra.

O caso, porém, é que existem trabalhos e trabalhos.

Existe, por exemplo, o trabalho de História da Arte. Inicialmente, a professora diz que quer somente um rascunho da exposição que fomos analisar, somente para ela saber do que iremos tratar. Contudo, minutos antes de entregar-nos de volta o rascunho, ela esculacha até o último ser presente na sala, simplesmente por acreditar que faríamos um trabalho de nível acadêmico – eis então a contradição. Esse tipo de trabalho é vilão, – mas vilão daqueles que matam o mocinho no final, à facadas – pois passa-se a depender dele para não ficar em dp em História da Arte – se for depender da prova do dia 27...

Há também o seminário. Sim, aquele que – somente a pronúncia dessa palavra, que mais parece vinda do Inferno – causa um frio na espinha. Mas, como se não pudesse ficar pior, eis que Murphy resolve dar o ar de sua graça bem no momento em que sou eu a escolhida para tirar o papelzinho com o tema do seminário. Eis que surge a Cross Media. Sem muitos detalhes, pois esse assunto já dá dor de cabeça por si só. Esse é um tipo de trabalho vilão, mas, diferente do de História da Arte, este é um vilão que morre no final.

Não podemos esquecer de Técnica de Reportagem. Sim, o professor é tão simpático que melhor que isso só fazendo aviãozinho de dinheiro que nem o Silvio Santos – ele ainda faz isso?? O mais legal é que você tira uma nota ruim na prova e tem a chance de recuperar em trocentos trabalhos que se seguirão. Esse tipo é o mocinho – aquele que sai triunfante de várias armadilhas que lhe aparecem ao longo do filme.

Agora, existe aquele trabalho que, na verdade, é inexistente. Eis que surge a Política! Sim, como se não bastasse estudar política – a teoria, na Grécia Antiga e blábláblá – não há a chance de recuperar-se de uma nota não tão boa. Só resta esperar pela prova semestral que, para completo desespero de alguns, não vai ser nada fácil. Esse tipo é vilão-mor – porque, afinal, não existe trabalho. E quando não há a possibilidade de uma nota extra, esse é um vilão que mata o mocinho na segunda cena do filme, com um tiro na testa.

Há aquele, também, que é fruto de uma tentativa falha que o professor encontra de ser legal: a Fotonovela. Essa dispensa comentários, mas pode ser caracterizada como o mocinho que morre no final – eletrocutado.

Por fim, há aquele trabalho que não será completamente impossível: o resumo do livro. Aí nasce uma esperança; esperança de que todo o esforço de entender a matéria bacana de Teoria da Comunicação não foi um completo desperdício. Há a possibilidade de salvação além da prova. Porém, esse é o tipo vilão mascarado – ou lobo na pele de cordeiro; lobo mau vestido de vovó da chapeuzinho vermelho – pois o dia de entrega do resumo, é o mesmo da prova. Não há a possibilidade de saber se o seu resumo ficou incrivelmente ruim – o que fará com que tenha de perder o final de semana estudando teorias hipodérmicas, funcionalistas na tentativa de tirar pelo menos um 7,0 na prova.

O lado bom de tudo isso é pensar que ainda é o primeiro semestre.

...

Esse é o lado bom??


por Gabi, que ainda vai surtar por causa de tanto trabalho...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Conversa de Janela

Janela em plena 20h20. Janela... Só pode significar uma coisa: escapulida ao shopping. E lá fomos nós, eu, Dona Dri e Dona Ju saindo da sala de aula, após uma torturazinha de História da Arte.

Atravessamos as catracas – que parecem não ter utilidade alguma – e ganhamos a rua.
Inicia-se então a conversa com seguinte assunto: feriado.

Da mesma maneira que meu segundo nome é discrição, lá vou eu contar as peripécias do meu feriado.

Conversa vai, conversa vem. Discutimos diversos assuntos que passaram por nossos feriados – deve-se salientar, porém, que o alvo era o meu feriado, e não o delas.

‘- Você ta pensativa hoje, Gabi.
- É Ju.
- Que que você ta pensando?
- Hum. Feriado. Rs.
- Conte-me.‘ – e contei, entre sorrisos e mais sorrisos.

O ápice de nossa conversa – já no shopping – foi o momento em que mencionei o contratante – que não tem nada a ver com o feriado. Basta dizer que sempre havia um vazio. Nota: o contratante é uma longa história, que não será contada tão cedo.

Inicia-se então uma discussão sobre relacionamentos fáceis, difíceis, moderados.

Joga-se uma pergunta no ar: ‘Como é esse vazio?’. E inicia-se a conversa:

‘- Vazio? Hum. Rs. Acho que é assim: você sempre acha que tem alguma coisa faltando.
- Vazio então.
- Sim. É como se fosse sempre aquilo e nunca houvesse a chance de mudar.
- Hum. Como assim?
- Bom, veja por este lado: não dá pra você ligar às duas horas da manhã dizendo que está carente.
- É. Mas e quando o vazio é constante?
- Tem como o vazio ser constante?
- Sim, um vazio sempre.
- Ai meu Deus...’ – enquanto isso, a Dona Dri já começava a bufar por não ter comido nada ainda.

E a conversa durou ainda alguns minutos, enquanto buscávamos algo pra comer naquele ‘enorme’ shopping.

O que ocorreu, porém, foi que, entre a casquinha que comprei no Mc Donald’s e o momento em que a Ju começou a olhar desesperadamente o relógio no pulso esquerdo, chegamos à conclusão de que aquela história de que ‘a vida é simples, nós é que a complicamos’ é pura balela.

‘- Hum, a vida é complicada.
- Ah Gabi, você sabe como dizem. A vida é simples. Nós é que complicamos.
- Hum. Mas a vida continua sendo complicada. Ju, se você olhar esse relógio de novo...
- É.’

É. Conversas em janelas sempre são assim: assuntos aleatórios, mas profundos.
por Gabi, que no momento não acha nada, e faz
dancinhas estranhas todas as vezes que lembra que 1º de maio é feriado.

domingo, 6 de abril de 2008

Mais Pensamentos...


...

Acho que um dia a gente acaba aprendendo, né? Porque, mesmo que não aprenda, a vida persiste em nos ensinar, até cansar.

Enfim, aprendi...

...que sempre irão existir amigos colegas, amigos distantes, amigos de tomar chá e comer bolinhos, amigos constantes, amigos de contar piada, amigos de amigos, amigos onde as palavras não são necessárias, amigos de amizade colorida, ou, se você não tiver tantos amigos assim, um só que valha por todos, ou por muitos.

...que por mais que você tente não julgar os outros, sempre escapa uma coisa ou outra. (eu que o diga!)

...que você promete não se apaixonar, e se apaixona. Promete novamente e é capaz de fazer qualquer coisa para que dessa vez não sofra de paixonite.

...que você é capaz de tudo ao se ver em um grupo de trabalho somente com seus desafetos: apela para sal grosso, pé de coelho, dente de alho, trevo de quatro folhas e, por incrível que pareça, é capaz até de cogitar a hipótese de arrumar uma galinha preta para fazer uma macumba.

...que, por maior que seja o tempo que você não vê alguém, por menos contato que vocês tenham, irá perceber que as coisas dificilmente mudam, e se mudam, irão te pegar incrivelmente desprevenido.

...que se você não quer encontrar com alguém, principalmente no msn, as chances daquela pessoa dar o ar de sua graça e fazer a janelinha subir no canto direito do monitor é de 110%; e, com toda certeza, ela virá falar com você.

...que, se a notícia for boa, ou melhor, se a fofoca for boa e se a fonte não for você, coincidentemente, você será a última pessoa a saber.

...que tem coisas que não se pode voltar.

...que, mesmo que se passem anos, existem cenas e palavras que ficarão para sempre na memória.

...que, como dizem por aí, o comum *no sentido de igual, parecido* não nos atrái. Ou seja, eu vou acabar com um barrigudo, burro, branquelo, de olhos claros, – que, obviamente, não precise de óculos – possua aversão pela cultura japonesa, seja extremamente patriótico e que não suporte tiques nervosos.

...que eu só faço idiotices quando eu tenho público; se não o tenho, sou uma pessoa completamente normal.

...que são as coisas de menos importância, as que realmente importam.

...que música ruim é sempre mais fácil de lembrar, principalmente se ela possui ritmo detestável.

... que pessoas ruins são inesquecíveis.

...que era verdade aquela história de que ‘somente quando você gostar de si mesmo, poderá gostar dos outros e deixará alguém gostar de você’.

...que eu sou incompreensível.

...que, por mais discreto que seja o ato, alguém irá descobrir o infrator que tirou o sapato em meio à aula.

... e que, depois de muitas horas gastas, chega-se à conclusão de que as pessoas são estranhas.



por Gabi, aquela, sabe? Do tique nervoso, das piadas maldosas e
da risada estranha... e que está estranhamente pensativa nos últimos dias.

sábado, 5 de abril de 2008

Não um Adeus... Somente um Até Logo...



Ontem, aniversário. TPM master. Descobri que as pequenas coisas são aquelas que realmente importam.

Hoje, achei que seria somente mais um dia. Um dia normal. Aquele dia em que se propõe encontrar velhos amigos e jogar conversa fora.

Perceber que as pessoas não mudam. Tanto nos maus quanto nos bons hábitos.

...

Você veio me visitar hoje. Sei que só lembrou do meu aniversário porque eu te disse no dia anterior... Mas, você estava ali.

E é incrível como eu ainda saberia diferenciar seu aroma, mesmo que ele estivesse perdido entre outros milhares. E, depois de tanto tempo, mesmo contra a minha vontade, ainda consigo definir seu perfume. Um dia você leu na minha agenda, mas duvido que sabia do que eu estava falando.. rs. Você tem cheiro de noite, daquelas bem frias, como a de agora. Fria, calma...

Sabe, acho que nunca te disse isso, mas, mesmo sem querer, você, da sua maneira doida, conseguiu conquistar seu espaço no meu coração.

Pode parecer meio piegas, mas você foi minha primeira paixonite. Sabe, daquelas que se passa a noite inteira pensando e que não vê a hora de encontrar no dia seguinte. Eu passava horas pensando em você, sorrindo sozinha, viajando sozinha.

E acabei, mesmo, viajando sozinha. Viagem solitária, essa minha. Onde, apesar dos pesares, eu não me incomodava muito com a solidão.

Foi então que me vi apaixonada. Pois é. Até esse momento, era somente diversão. E, decorrente disso, algumas palavras fugiram dos meus lábios, você me abraçou e o sinal do intervalo tocou.
Era um fim.

Fim este, que eu tentei de todas as formas possíveis, reverter. Fim que eu defini por questão de autodefesa.

E eu fiquei ali, solitária novamente. Mas dessa vez era uma solidão consumada.

Sofri. Acho que agora não tenho mais vergonha de admitir. Provavelmente, não era bem vergonha, mas eu não conseguia me entender. Mas você entendia...

E hoje sei que você foi crucial. Afinal, primeira paixão.

Você foi crucial, mas depois de um tempo, tornou-se substituível. Mas continua sendo inesquecível, porém, superável.

Basta dizer que nossos caminhos são diferentes, nesse momento. Cada um escolheu o seu, conforme suas necessidades.

Não posso te prometer nada, você sabe disso. Me conhece melhor do que muitas pessoas que praticamente nasceram comigo.

Só mais uma coisa a dizer: você também é especial... pra mim.



por Gabi, que, no momento, termina seu texto sem mais palavras.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Bolo, Parabéns, Chantily...

Ai, ai...

Sem palavras sobre a festinha de ontem, depois da aula de Fotografia. ahuahuahauhuha

Brigada meninas. Como eu já disse ontem, vocês são as melhores amigas que alguém poderia ter.

^^

Mas, hoje não tem post grande. Tô de férias pelo resto do dia.. hauahuahuahuahauh

Afinal, não é todo dia que se faz 18 anos...




por Gabi, que, no momento, só pensa que no próximo semestre terá de
assinar o contrato da faculdade...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Causos do Transporte Público - Parte I

Se, em algum momento, passou pela minha mente viajante que após algumas aulas da facul finalmente estaria em casa, sem grandes acontecimentos... Ledo engano (ou não)...

Eis que demoro uma década para pegar, finalmente, um ônibus naquele aglomerado de estudantes do ensino superior.

Desventuras à parte, chego então ao nosso querido 'Passa Raiva' para a segunda tortura da noite: ou é Terminal Varginha, Terminal Grajaú ou só Grajaú mesmo.

Minha falta de memória me impede de lembrar exatamente qual era o maldito do ônibus que eu peguei. Mas, que seja. Foi algum desses.

Finalmente, adentro o ônibus caçando um espaço para me acomodar sem correr perigo de, na primeira curva, fazer movimentos extremamente bruscos e ir parar do outro lado do ônibus.

Acho o bendito do lugar e começo a conversar animadamente com meu pai *que virou acompanhante de aventuras onibulísticas nos últimos tempos* sobre política. Conversa vai, conversa vem. Xingamos um poucos alguns por aí... Até que ela, surge...

Sim, surge. Porque aparecer somente não poderia estar nos seus planos. Era necessário que surgisse, com direito à trilha sonora de filme babaca: uma loira de natureza cosmética, com seu 1,80m de altura, passando longe do peso-pena, salto 15 e maquiagem extravagante *leia-se aqui sombra com glitter e baton vermelho sangue*. Ela então pára na minha frente.

Eu, com meu pequeno defeito de pensar o mal antes de sequer imaginar o bem, já começo a prestar atenção naquela figura, lembrando, vagamente, que era uma segunda-feira. *elas iam para o 'baile'*.

Um comentário, que eu poderia ter ficado sem...

'- Ah, tô com uma vontade de ouvir aquela música...
- Música? Que música? - indaga alguém que a acompanhava e, por acaso, estava berrando da mesma forma que nossa coadjuvante, só que do outro lado do ônibus.
- Aquela, Apartamento Abandonado.'

Silêncio. Parecia que a 'amiga' não sabia qual era esse sucesso. Então, surge o medo. Medo de que ela resolvesse colocar as cordas vocais para funcionar. Contudo, antes que eu pudesse completar esse pensamento, ela então começa:

'- Aquelaa... Tô com saudade de você no meu colchão...' - imagine isso no pior ritmo possível.

Silêncio. Olho para o meu pai, que retribui o olhar. Mordo minha bochecha na tentativa de não dar uma bela de uma risada.

Agora, se eu imaginava que este seria o acontecimento da noite, ai, ai...

Eis que as outras 'amigas' vêm se juntar àquela que se tornou a estrela da noite. E, bem, eram mais do que duas, que resolvem se aglomerar justamente na porta de saída do ônibus.

Sabe-se lá como foi que a conversa chegou ao estágio em que eu comecei a prestar atenção. A única coisa que sei é que me vejo ouvindo a seguinte história...


..*Continua*..

*Qualquer semelhança é mera conincidência.*




por Gabi, aquela que ultimamente deve carregar uma plaquinha com os dizeres
'pode falar que eu não me importo'...
e que só não continua a história pois tem memória fraca
e precisa consultar sua fonte.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Perigo Constante, é?

...


É, alguém me chamou de ‘Perigo Constante’ essa manhã *na verdade nem era manhã, era almoço, mãããs...* e eu achei que merecia uma defesa digna.

Enfim...

Será que eu sou um Perigo Constante por...

...ser meio doida de vez em quando?

...ter ido comprovar a teoria de ‘se você rodar muito, você vai vomitar’?

...conseguir a proeza de enroscar o salto exatamente no lugar onde o ralo do bueiro era maior?

...não conseguir a façanha de guardar meus comentários maldosos somente na minha mente?

...correr para ver quem chega primeiro no bebedouro que tem a água melhor? *Pelo menos não fui EU que quase me afoguei... rs*

...ser estabanada ao extremo?

...derrubar tudo que se encontra próximo à mim em um raio de cinco metros?

...atrair casais apaixonadamente melosos em período de acasalamento? *Tá, isso eu concordo, é perigoso!*

...ter conhecimento vasto de artes marciais que fariam qualquer espertinho pedir por clemência?

Ok, ok. A parte das artes marciais é mentira. Mas, tirando isso, fala sério... Eu não sou um perigo constante. Posso ser, de vez em quando, o alvo de Murphy – esse infeliz que só me atrapalha a vida – mas isso não é constantemente.

Agora, se alguém dissesse ‘Gabi, você é ALVO de perigo constantemente’, aí sim, eu acredito. Porque, afinal, ultimamente certas pessoas estão querendo me jogar no laguinho da facul...





Por Gabi, aquela que percebeu que sua defesa não foi algo convincente,
mas que
outra hora irá se defender honrosamente.

sábado, 22 de março de 2008

Ai, ai... Esses dias...


"Tem dias que se acorda e não se quer sair da cama.
Talvez por acreditarmos que exista somente uma boa razão para executar tal ato, enquanto há milhares para que deixemos tudo para lá e continuemos a dormir.
Talvez essa seja a verdade. E o melhor caminho.

Tem dias que a tristeza impera, e o chão nos falta.
Talvez almejemos a alegria. Talvez não. Mas a tristeza é a única forma de darmos valor às coisas que realmente importam.

Tem dias que se sente um vazio repentino. Não se sabe o porquê, mas sabe que existe, ali, bem no cantinho de algum lugar.
Talvez se procurássemos pessoas que nos fizessem sentir que aquele cantinho foi suprido, haveria alguma mudança.

Tem dias que descobrimos mentiras, desconfiamos de pessoas, choramos por pessoas. Talvez se o dia em que notássemos que não vale à pena chegasse mais rápido.

Tem dias que tudo dá errado. Pisa-se no rabo do gato, derrama-se café na blusa branca, quebra-se a chave no cadeado do portão, pisa-se na poça d’água, chuta-se a guia da calçada, dá-se um passo em falso.

Tem dias que uma nuvem negra paira sobre nós, e faz com que seja necessário rever nossos conceitos.

Tem dias que se pensa se realmente valeu à pena levantar da cama.
Talvez fosse melhor continuarmos lá, perdidos no mundo dos sonhos...
Só que, provavelmente, quando chegarmos a essa belíssima conclusão, já seja hora de ir para cama novamente. Nos resta, então, esperar pelo próximo dia... E esperar, novamente, pela nossa escolha de sair ou não da cama... "





por Gabi, que, como uma pessoa normal, deveria fazer o primeiro post referente ao título do blog, mas adverte:
'não sou igual a todo mundo, muito menos sou diferente'. xD
Gabi, que anda estressada com a vida, e tem dias que simplesmente quer sumir.
mp3 -> Slow Dancing in a Burning Room - John Mayer