sábado, 1 de janeiro de 2011

A Menina e a Árvore

Sentada novamente debaixo da mesma árvore. Algo que já se tornou rotina. Há alguns dias, as pessoas passavam e perguntavam o que ela tinha mas, quem disse que ela respondia?

Apenas ficava ali, sentada embaixo da árvore. Olhava para o horizonte como quem busca respostas que há muito não faziam questão de aparecer. Mas, se ela tinha alguma pressa para sanar suas dúvidas, certamente ninguém sabia.

Parecia exausta. Talvez de uma corrida, da subida de uma ladeira ou mesmo da vida. Quem poderia entender se ela não dizia? E triste, muito triste.

Toda manhã ela estava lá, debaixo da mesma árvore. Poderia estar esperando algo, alguém. Se fosse a segunda opção, certamente esquecera-se dela por tanta demora.

As pessoas foram se cansando de questioná-la e passaram a tratá-la como parte da paisagem. Afinal, nada de novo havia ali. Ela, por sua vez, passou a ver as pessoas como em um filme mudo. Um silêncio sem fim.

Dizem que o sol se foi por diversas vezes, as folhas das árvores caíram e o frio deu lugar ao calor mais de uma vez.

Esperando, talvez? Quem sabe. Afinal, possivelmente nem ela mesma saberia o motivo de ficar embaixo de uma árvore. Se tinha um motivo, continua com ela, guardado.

por Gabi.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Apenas um telefonema (ou não)

Um telefonema basta para que as coisas mudem em questão de instantes.

Lágrimas rolando pelas bochechas, coração saindo pela boca e até um sorriso radiante de criança que viu o Natal chegando mais cedo.

Pois é. Diversas emoções e sensações podem resultar de um telefonema.

A voz ao outro lado da linha pode ser aquela que traz más notícias.

Aquela que está distante e, a cada segundo, parece que só faz aumentar a saudade.

Ou então aquela que traz a notícia tão esperada.

Atender ao telefone é um risco, claro. Você não sabe o que te aguarda do outro lado da linha.

Mas esse é um risco que eu quero correr. Sempre. Mesmo quando o desânimo tentar vencer a batalha contra a esperança.


por Gabi, que atendeu o telefone

e viu o Natal chegar fora de época.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Cadê as minhas cores?

Já faz tempo que não escrevo. Não me lembro desde quando e também não sei bem ao certo o motivo. Só sei que as palavras fugiram aos meus dedos enquanto me vi diante do papel nas diversas vezes em que quis transformar em palavras as coisas que estava sentindo.

Sabe aquela vontade de não fazer absolutamente nada? É o desânimo batendo à porta. Batendo à minha porta.

Não há vontade de comer, de se movimentar. Apenas dormir e dormir.

Resultado de uma série de acontecimentos de 2009. Tudo isso me fez ficar assim.

Às vezes pareço estar alheia às situações, às sensações. E tudo se torna muito vago.

Em diversos momentos me pego pensando em coisas que poderia fazer para deixar esse estado vegetativo.

Penso que posso. Penso que quero. Penso que devo.

Mas, ao mesmo tempo, relembro, relembro. E caio novamente no abismo.

Posso afetar as pessoas a minha volta. Não que eu queira. Não quero. Mas posso.

As coisas que geralmente gostava de fazer parecem não ter mais as mesmas cores. Se tornaram monocromáticas.

Monocromáticas. Assim como eu.

Cadê as minhas cores?

por Gabi, que finaliza o texto

sem qualquer tipo de comentário.

domingo, 21 de junho de 2009

E as prioridades?

Minha mãe sempre disse que, conforme o tempo passa, nossas prioridades mudam e que esse processo não seria diferente comigo.

Eu, como assídua seguidora da filosofia “do contra” que sou, olhava bem para minha mãe e respondia, entre risadas, que sempre seria a mesma e, diante disso, teria sempre as mesmas prioridades.

Hoje, depois de muito ouvir essa história de prioridades, percebi que as minhas realmente são as mesmas desde esse fatídico dia: a única mudança é que hoje eu reajo diferente diante das frustrações que elas me proporcionam.

Antigamente havia a possibilidade de me esconder debaixo da cama ou apelar para o colo da mamãe quando me via frustrada por não conseguir pular algum muro que tinha sido erguido subitamente na minha frente enquanto a prioridade estava li, esperando. Hoje em dia há um colchão debaixo da minha cama que me impede de usar o local como esconderijo e o colo da mamãe vem acompanhado de frases como “Gabriela, sai de cima de mim que osso pesa”.

Hoje não adianta tentar adiar os problemas, esperando que eles se resolvam sozinhos, como num passe de mágica. Hoje, preciso encará-los de frente, mesmo que ainda sinta a criança em mim morrendo de vontade de se esconder debaixo da cama.

As prioridades? Ah... elas continuam as mesmas. A única que mudou recentemente foi a que determina meu futuro profissional. Vi meu sonho escorregando dentre os dedos e já não sei se faz real sentido seguir por algo que as pessoas banalizam. Quem sabe eu não deva ir construir bombas...



por Gabi, que está pensando seriamente em
arrumar um esconderijo decente.

domingo, 22 de março de 2009

.Dúvidas da Mente

..

.É errado sentir e não sentir?
Talvez errado seja estar e não estar.
Pensar e partir?
Ou será que ficar e relembrar?

.Voar e fugir?
Ou então optar por concretizar?

.Se tudo muda, então porquê ficar?
Se você muda, então por quem lutar?

.Correr ou andar?
Sofrer e chorar.

.Falar ou gritar?
Amar e lembrar.

.Fugir ou ficar?

.Sorrir e cantar.
Dormir e sonhar.

.Pensar ou escolher?

..

.Viver e morrer.

sexta-feira, 13 de março de 2009

6 coisas que as pessoas deveriam saber sobre a Gabi

Sim, o Tarsis do Sob a Luz da Lua me indicou um Meme e, como boa blogueira, cá estou eu respondendo.

Basicamente, preciso dissertar sobre 6 coisas sobre a minha pessoa.


Então vamos lá. o/





1º - a Gabi é fissurada em qualquer coisa que lembre do Egito. Isso começou nos seus 12 anos, quando o querido professor de História a fez comprar um livro sobre os egípcios. Depois disso, nunca mais desgrudou de nada.





2º - o primeiro mangá que comprou foi o nº24 do Shaman King; posteriormente, claro, adquiriu os primeiros 23 enquanto comprava até o nº64. Hoje, está quase sendo expulsa do quarto por seus próprios mangás. xD






3º - se tivesse que escolher um filme, ficaria tranqüilamente com A Canção do Sul, musical de 1946, mas que assistiu inúmeras vezes na infância. *não, eu não nasci em 1946... ¬¬*





4º - viciada em videogame desde que ganhou o Mega Drive 3, quando tinha 5 anos. Depois de muitas lutas com Kung Lao e seu chapéu mortífero, tentar salvar o Sônic na fase da água era fichinha. Claro, o Sonic nunca foi o mesmo depois do Mega Drive. Mas não sabia o que era felicidade até jogar Hitman no Ps2.






5º - quer fazê-la feliz? Arrume um papel e uma caneta e a deixe rabiscá-lo. Geralmente, o resultado é satisfatório. xD





6º - não é séria para quase nada. Vai dar risada se você tentar colar na prova de qualquer matéria e o professor te pegar colando e também irá rir quando ninguém mais quiser rir. Se está séria só pode ser uma das opções: ou alguém resolveu discutir música ou pisaram em seu pé. Se bem que ela anda séria ultimamente... talvez esteja doente.





Agora, para responder a esse meme, convido as respectivas donas:
por Gabi, que teria muito mais do que
6 coisas para dizer sobre
si mesma, de forma que as pessoas
a entendessem melhor.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Seria cômico, Se não fosse trágico*

*a pedidos...


Parece que a felicidade por ela mesma não é suficiente; é necessária a dor, a angústia, a falta.

Lembrar o que está errado mostra-se muito mais divertido do que quando a tristeza era uma rotina.

Cada mínimo detalhe é tido como algo no qual a preocupação tem de imperar.

Às vezes o medo atravessa o pensamento, mas o que deveria somente passar, fica.

Não saber o que fazer, não saber quem ouvir; acaba numa rotina.

A certeza evaporou em um dia que não deveria; teoricamente, ela tinha de estar ali.

E os pensamentos andam revoltos, os sonhos andam perigosos e, com uma freqüência inquietante, se esquece de respirar.

A mente anda conturbada e percebeu que isso é porque não gosta que ninguém pense por ela.

É como se tudo fosse errado, estivesse errado. Como se nada mais fizesse sentido.

E já não se sabe pra quem correr...


por Gabi, que dispensa.