domingo, 21 de fevereiro de 2010

Apenas um telefonema (ou não)

Um telefonema basta para que as coisas mudem em questão de instantes.

Lágrimas rolando pelas bochechas, coração saindo pela boca e até um sorriso radiante de criança que viu o Natal chegando mais cedo.

Pois é. Diversas emoções e sensações podem resultar de um telefonema.

A voz ao outro lado da linha pode ser aquela que traz más notícias.

Aquela que está distante e, a cada segundo, parece que só faz aumentar a saudade.

Ou então aquela que traz a notícia tão esperada.

Atender ao telefone é um risco, claro. Você não sabe o que te aguarda do outro lado da linha.

Mas esse é um risco que eu quero correr. Sempre. Mesmo quando o desânimo tentar vencer a batalha contra a esperança.


por Gabi, que atendeu o telefone

e viu o Natal chegar fora de época.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Cadê as minhas cores?

Já faz tempo que não escrevo. Não me lembro desde quando e também não sei bem ao certo o motivo. Só sei que as palavras fugiram aos meus dedos enquanto me vi diante do papel nas diversas vezes em que quis transformar em palavras as coisas que estava sentindo.

Sabe aquela vontade de não fazer absolutamente nada? É o desânimo batendo à porta. Batendo à minha porta.

Não há vontade de comer, de se movimentar. Apenas dormir e dormir.

Resultado de uma série de acontecimentos de 2009. Tudo isso me fez ficar assim.

Às vezes pareço estar alheia às situações, às sensações. E tudo se torna muito vago.

Em diversos momentos me pego pensando em coisas que poderia fazer para deixar esse estado vegetativo.

Penso que posso. Penso que quero. Penso que devo.

Mas, ao mesmo tempo, relembro, relembro. E caio novamente no abismo.

Posso afetar as pessoas a minha volta. Não que eu queira. Não quero. Mas posso.

As coisas que geralmente gostava de fazer parecem não ter mais as mesmas cores. Se tornaram monocromáticas.

Monocromáticas. Assim como eu.

Cadê as minhas cores?

por Gabi, que finaliza o texto

sem qualquer tipo de comentário.