domingo, 25 de maio de 2008

*Gabi finge que tem um título super legal para esse post... lálálaá*

O que caracteriza um amigo?

Realmente não sei. Não de forma abrangente. Mas sei como caracterizar os meus.

Existe aquele tipo alvo de brigas durante os anos escolares. Aquele que se acha o galã de cinema norte-americano, o pegador. Mas que, quando necessário, desce do seu pedestal e acha um tempinho em sua agenda requisitada para ouvir minhas lamúrias, mesmo que seja para, ao final, me responder com um simples ‘Ah! Sei lá!’. Esse é aquele tipo de amigo que não profere palavras de baixo calão se recebe mensagens de madrugada no celular – até porque ele não acorda com o celular.

Existe aquele que não é visto há pelo menos dois anos – e esse tempo só não se tornou maior porque ele deu-se ao trabalho de ir visitar essa pobre mortal que vos escreve em seu antigo colégio. Esse pode ser considerado o amigo mais antigo – mais ou menos desde os primórdios da extinta 1ª série –, mas que comprova que existem coisas que nunca mudam, e a amizade não mudou – mesmo que sendo sustentada por conversas de msn. Isso quando sua boa-vontade não é explorada, e essa alma caridosa ajuda em trabalhos na madrugada – e ele não faz Jornalismo.

Há o amigo mais que amigo. Que era amigo, depois se tornou mais que amigo, depois deixou de ser mais que amigo para ser um completo insuportável. Hoje é mais que amigo novamente, mas é suportável, incrivelmente suportável.

Há a amiga que se brigou durante o colegial. Aquela que demorou quase quatro anos para conseguir compreendê-la, e mesmo assim ainda existem nuvens na nossa amizade. Mas hoje nota-se o quanto faz falta suas ironias malditas, e a técnica de compartilhamento de informações durante as provas ou, melhor dizendo, conferir as respostas.

Há aquele tipo de amigo que desapareceu da sua vida. Simplesmente, a amizade mudou. Não se sabe por qual motivo, nem em que momento isso aconteceu. Mas isso comprova que existem amizades que mudam.

Há também a nova amiga. Aquela que só se conhece há 4 meses – ou menos que isso – mas que já sabe do descontentamento ao ouvir ‘Gabriela e cor-de-rosa’ em uma mesma frase. Meio desligada, às vezes. Complicadíssima. Doida. Companheira de passeios à Paulista – que nos renderam bochechas queimadas de Sol.

Há aquela que te ensinou a ouvir Teatro Mágico e te mostrou que existem pessoas inteligentes ao nosso redor, mesmo que ela não se inclua nisso. E hoje eu me pergunto: ‘E se eu não tivesse reparado que ela estava ali, quietinha? E se não tivesse a chamado para nos ajudar com a Fotonovela?’. Teria perdido a chance de uma amizade incrível. Uma expressão para descrevê-la: Eterna Viajante, ou, se preferir, Simplesmente Desligada.

Há a companheira de Janela, mas que ultimamente deve ter se cansado de nunca obter respostas para todas as suas indagações. Essa é do tipo quietinha, daquelas que não falam nada se você não intimar que fale. Ai, ai... Mas o que seria da vida sem suas perguntas impertinentes? Acho que não haveria conversas de janela sem essas dúvidas que te assolam.

Há a filósofa. É, porque essa é do tipo que resolveu que iria querer tomar o lugar do nosso professor de Teoria da Comunicação, filosofando tudo quanto é coisa que ela ouve. Isso é estressante, quando já se ouviu diversas teorias filosóficas num curto período de tempo. Mas, com toda a certeza, é a companhia perfeita para se discutir futebol. Mesmo quando resolve defender seu time... Tsc, tsc, Mas o melhor mesmo é o veneno escorrendo quando a nossa querida a-mi-ga faz algum comentário. ‘Na crista da Oooonda!’

Tem também aquela que se pode falar que passou a manhã de mau-humor, que os trabalhos estão matando aos pouquinhos qualquer alma. Ela te entende. Pode falar sobre os pitis da a-mi-ga, que ela vai te compreender. E mesmo ela sendo mais velha – não tanto assim! –, parece adolescente quando diz que quer tomar chopp de vinho no boteco perto da faculdade.

Tem aquela que parece saída de um desenho animado. Doida que só, faz barulhos estranhos com a boca nos momentos mais inapropriados. Amiga para contar peripécias do feriado e dar risadas até ter dor na barriga.

Tem aquela distante que nunca viu na vida, mas que parece conhecer desde sempre. Aquela que por acaso, se conheceu porque ela gostou do que se escrevia e vice-versa. Mesmo morando a uma distância considerável, parece estar aqui ao lado quando se precisa. Afinal, quem tem um Pégasus tem tudo.

E, claro, tem aquele amigo – pensou que eu iria esquecer de você, né? Aquele que não existia assuntos pra conversa, depois passou a existir. Mas que hoje, dificilmente, consegue-se manter uma conversa longa. Tirando a de ontem, quando discutíamos a forma como eu irei ferrar com a professora de História da Arte...

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Não tenho todos os amigos em um só, mas tenho em todos o que preciso. Todos que completam essa minha vida complicada e confusa. Cada um tem seu espacinho, seu momento, sua importância.

Existem pessoas que passam a vida a procura de um amigo. Eu tenho todos esses. E me sinto realmente feliz, e grata, por todos vocês me aturarem.



por Gabi, que nos últimos segundos passou a acreditar que seus
amigos realmente têm muuuuuita paciência com essa
pessoa tão comum...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Simples Assim...

Passou-se de 22hrs. E, inexplicavelmente, bateu uma saudade.

Saudade... A língua portuguesa é a única que possui a palavra que consegue definir e ao mesmo tempo distanciar o que se sente.

Saudade é a lembrança que ficou no passado, mas que resolve dar as caras em momentos que não se pode escolher.

Abrangente, mas ao mesmo tempo incrivelmente restrita.

O momento que volta, mas que não passa de uma lembrança; uma lembrança de um momento.

Faz brotar um sorriso em meio a pensamentos, mas também permite que lágrimas há muito esquecidas voltem a nascer.

O sentimento que toma conta da razão, ou a razão criando espaço em meio a um sentimento;

Um sentimento; um estado.

A lacuna entre o presente e o passado; medo de seguir para o futuro.

É o aperto no peito; o fechar dos olhos; o sorriso no canto dos lábios.

É o ter e não ter; estar e não estar.

É a companhia ausente; a ausência consumada; a ausência acompanhada.

É o vazio inconstante; o vazio constante; o vazio inexistente.

É Saudade, simplesmente...


por Gabi, que anda sentindo saudade de muita coisa nos
últimos tempos...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

E o Vilão Morre No Final...

Hoje até o sol resolveu dar as caras por aqui. Chegou assim, escondendo-se entre o mundaréu de nuvens. Mas apareceu.

Ontem foi a apresentação do seminário. Pois é.

Fui ensaiando o que eu ia falar desde o ponto de ônibus, onde acredito que as pessoas que olhavam a cena acharam que eu tinha algum tipo de problema. Mas, afinal eu só estava ensaiando.

Quando cheguei na faculdade, continuei memorizando tudo o que seria necessário explicar sobre cada slide, mas somente quando pisei na sala e senti aquele clima tenso foi que me dei conta: ‘Ai meu Deus! É hoje!’

A sala estava povoada por pessoas que, de certa forma, pareciam estar em um mundo próprio. Cada um com a cabeça baixa, grifando com marca-texto amarela ou verde as partes importantes que deveria se lembrar em meio aquele calhamaço de folhas e mais folhas. Cada um lia baixinho sua respectiva parte, sentado em sua cadeira, na esperança que chegasse um luz e houvesse um milagre.

O primeiro grupo finalmente começou a apresentar. Fontes disseram que a apresentação estava muito bonita e que mereceu o 9,5 dado pelo professor, mas nesse momento eu já estava longe: tinha corrido para a Biblioteca para ensaiar.

Era a primeira vez que o grupo se reunia para ensaiar. Porém, quando vimos, já estava na nossa hora de apresentar.

E então começa a correria. Sim, porque fomos avisados que a pessoa que fecharia o seminário sobre a Internet já estava falando, e logo seria nossa vez. A cena foi estranha: eu e a Evelyn correndo desde a Biblioteca, atravessando o laguinho, quase atropelando uns caras que estavam filmando não-sei-o-que no corredor, mas, finalmente chegamos à sala.

O peito arfando, a respiração faltando e a certeza de que tudo daria errado: esta era eu segundos antes da apresentação.

Depois de uma palavrinha com o professor, eis que o seminário começa.

Apresentei nosso trabalho e comecei a explicar. Do momento em que expliquei Cross Media até o período em que justificava minha apresentação com uma teia de aranha, estava travada. Somente quando dou o exemplo categórico usando o Joseph de cobaia é que sinto os músculos relaxarem. É aí que começa o seminário de verdade.

Depois, assisti ao meu grupo e acabei percebendo que, afinal, a nossa correria toda tinha valido a pena. Que mesmo que viesse uma nota baixa, somente o alívio de que tudo acabou, que já seria possível dormir que nem gente, já era suficiente.

O professor então diz que quer falar com os grupos que apresentaram naquela noite, que o resto das pessoas saíssem da sala. O momento decisivo.

Porém, a tensão do nosso grupo se dissipou quando nos reunimos para esperar pelos comentários do professor. Começamos a dar risadas e a fazer piadinhas. Tinha acabado.

Quando o professor chegou ao nosso grupo, uma surpresa: tiramos 8,0. O alívio não poderia ser maior.

...

Foi divertido... Apesar de tudo.

...


por Gabi, que no momento só consegue sorrir ao pensar
que os últimos dias foram somente de lágrimas quando o assunto
era seminário...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Na Madrugada...

Não, esse não é o começo daquele funk medonho 'na madrugadaa, abandonadaaa, e não atende o celulaaaaarrr...' e nem de nenhum outro que possa passar por sua mente. ¬¬

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Putz... são 2h30min da matina de segunda-feira. Eu deveria estar no meu sétimo sono, sonhando com carneirinhos pulando a cerca, enquanto corro por campos verdinhos com uma leve brisa fazendo cóceguinhas nas minhas bochechas. Mas não, estou – ou deveria estar – fazendo trabalho de Teoria do Jornalismo. Aquele, sabe, que tem a palavra maldita... Seminário – Shiii! Senão alguém escuta essa palavra.

Minha cabeça dói devido ao tempo que estou olhando pra tela do computador, lendo, lendo e lendo um pouquinho mais. Para quem tem a curiosidade de saber sobre o quê eu leio, sinta-se a vontade de questionar: é Cross Media. E, para aqueles que acham que jogar no Google vai trazer a luz do entendimento, aff.. Economizem luz. Se o Google ajudasse em alguma coisa nessa Cross Media, eu não estaria acordada até essa hora.

Meus olhos estão fechando, e eu já começo a enxergar tudo rodando, rodando, rodandooo. Está bem, nem é pra tanto. Eu só estou com a vista cansada. Só isso.

Minhas costas reclamam das – deixa eu ver aqui no Shareaza que está aberto desde então – nove horas e cinqüenta e quatro minutos que eu estou sentada nessa cadeira, que deveria ser confortável, mas que devido ao frio imenso que está aqui e eu estou enrolada num cobertor gigante, está bem desconfortável.

Minha barriga está fazendo barulhos monstruosos, mas estou com uma preguiça tremenda de levantar e descer as escadas para assaltar a geladeira. Tirando o fato, claro, que eu teria de passar pelo quarto dos meus pais, e a minha mãe provavelmente acordaria, me perguntando por que raios eu estava perambulando pela casa àquela hora da madrugada.

Já perdi a sensibilidade dos meus dedos, que no momento, já escrevem sozinhos enquanto meu cérebro se preocupa em não descansar.

Meus pés começam a formigar. Ops! Sinal de que a câimbra está a caminho. E como se eu já não tivesse câimbras o suficiente...

Bom, agora é melhor eu voltar ao meu trabalho. Sei lá, desisti de esperar uma alma caridosa fazê-lo por mim – tirando o Gui, claro, que me salvou essa madrugada.


por Gabi, que jura que se ouvir a expressão Cross Media
depois de quarta-feira, não irá se responsabilizar por
danos causados ao emissor de tal blasfêmia.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Trabalhos: Vilões ou Mocinhos?

Não, não me refiro ao trabalho de todo dia – ou de toda tarde, como é o meu caso. Mas sim aqueles quilométricos trabalhos acadêmicos aos quais delegamos nossos finais de semana em pró de uma nota extra.

O caso, porém, é que existem trabalhos e trabalhos.

Existe, por exemplo, o trabalho de História da Arte. Inicialmente, a professora diz que quer somente um rascunho da exposição que fomos analisar, somente para ela saber do que iremos tratar. Contudo, minutos antes de entregar-nos de volta o rascunho, ela esculacha até o último ser presente na sala, simplesmente por acreditar que faríamos um trabalho de nível acadêmico – eis então a contradição. Esse tipo de trabalho é vilão, – mas vilão daqueles que matam o mocinho no final, à facadas – pois passa-se a depender dele para não ficar em dp em História da Arte – se for depender da prova do dia 27...

Há também o seminário. Sim, aquele que – somente a pronúncia dessa palavra, que mais parece vinda do Inferno – causa um frio na espinha. Mas, como se não pudesse ficar pior, eis que Murphy resolve dar o ar de sua graça bem no momento em que sou eu a escolhida para tirar o papelzinho com o tema do seminário. Eis que surge a Cross Media. Sem muitos detalhes, pois esse assunto já dá dor de cabeça por si só. Esse é um tipo de trabalho vilão, mas, diferente do de História da Arte, este é um vilão que morre no final.

Não podemos esquecer de Técnica de Reportagem. Sim, o professor é tão simpático que melhor que isso só fazendo aviãozinho de dinheiro que nem o Silvio Santos – ele ainda faz isso?? O mais legal é que você tira uma nota ruim na prova e tem a chance de recuperar em trocentos trabalhos que se seguirão. Esse tipo é o mocinho – aquele que sai triunfante de várias armadilhas que lhe aparecem ao longo do filme.

Agora, existe aquele trabalho que, na verdade, é inexistente. Eis que surge a Política! Sim, como se não bastasse estudar política – a teoria, na Grécia Antiga e blábláblá – não há a chance de recuperar-se de uma nota não tão boa. Só resta esperar pela prova semestral que, para completo desespero de alguns, não vai ser nada fácil. Esse tipo é vilão-mor – porque, afinal, não existe trabalho. E quando não há a possibilidade de uma nota extra, esse é um vilão que mata o mocinho na segunda cena do filme, com um tiro na testa.

Há aquele, também, que é fruto de uma tentativa falha que o professor encontra de ser legal: a Fotonovela. Essa dispensa comentários, mas pode ser caracterizada como o mocinho que morre no final – eletrocutado.

Por fim, há aquele trabalho que não será completamente impossível: o resumo do livro. Aí nasce uma esperança; esperança de que todo o esforço de entender a matéria bacana de Teoria da Comunicação não foi um completo desperdício. Há a possibilidade de salvação além da prova. Porém, esse é o tipo vilão mascarado – ou lobo na pele de cordeiro; lobo mau vestido de vovó da chapeuzinho vermelho – pois o dia de entrega do resumo, é o mesmo da prova. Não há a possibilidade de saber se o seu resumo ficou incrivelmente ruim – o que fará com que tenha de perder o final de semana estudando teorias hipodérmicas, funcionalistas na tentativa de tirar pelo menos um 7,0 na prova.

O lado bom de tudo isso é pensar que ainda é o primeiro semestre.

...

Esse é o lado bom??


por Gabi, que ainda vai surtar por causa de tanto trabalho...