quinta-feira, 3 de abril de 2008

Causos do Transporte Público - Parte I

Se, em algum momento, passou pela minha mente viajante que após algumas aulas da facul finalmente estaria em casa, sem grandes acontecimentos... Ledo engano (ou não)...

Eis que demoro uma década para pegar, finalmente, um ônibus naquele aglomerado de estudantes do ensino superior.

Desventuras à parte, chego então ao nosso querido 'Passa Raiva' para a segunda tortura da noite: ou é Terminal Varginha, Terminal Grajaú ou só Grajaú mesmo.

Minha falta de memória me impede de lembrar exatamente qual era o maldito do ônibus que eu peguei. Mas, que seja. Foi algum desses.

Finalmente, adentro o ônibus caçando um espaço para me acomodar sem correr perigo de, na primeira curva, fazer movimentos extremamente bruscos e ir parar do outro lado do ônibus.

Acho o bendito do lugar e começo a conversar animadamente com meu pai *que virou acompanhante de aventuras onibulísticas nos últimos tempos* sobre política. Conversa vai, conversa vem. Xingamos um poucos alguns por aí... Até que ela, surge...

Sim, surge. Porque aparecer somente não poderia estar nos seus planos. Era necessário que surgisse, com direito à trilha sonora de filme babaca: uma loira de natureza cosmética, com seu 1,80m de altura, passando longe do peso-pena, salto 15 e maquiagem extravagante *leia-se aqui sombra com glitter e baton vermelho sangue*. Ela então pára na minha frente.

Eu, com meu pequeno defeito de pensar o mal antes de sequer imaginar o bem, já começo a prestar atenção naquela figura, lembrando, vagamente, que era uma segunda-feira. *elas iam para o 'baile'*.

Um comentário, que eu poderia ter ficado sem...

'- Ah, tô com uma vontade de ouvir aquela música...
- Música? Que música? - indaga alguém que a acompanhava e, por acaso, estava berrando da mesma forma que nossa coadjuvante, só que do outro lado do ônibus.
- Aquela, Apartamento Abandonado.'

Silêncio. Parecia que a 'amiga' não sabia qual era esse sucesso. Então, surge o medo. Medo de que ela resolvesse colocar as cordas vocais para funcionar. Contudo, antes que eu pudesse completar esse pensamento, ela então começa:

'- Aquelaa... Tô com saudade de você no meu colchão...' - imagine isso no pior ritmo possível.

Silêncio. Olho para o meu pai, que retribui o olhar. Mordo minha bochecha na tentativa de não dar uma bela de uma risada.

Agora, se eu imaginava que este seria o acontecimento da noite, ai, ai...

Eis que as outras 'amigas' vêm se juntar àquela que se tornou a estrela da noite. E, bem, eram mais do que duas, que resolvem se aglomerar justamente na porta de saída do ônibus.

Sabe-se lá como foi que a conversa chegou ao estágio em que eu comecei a prestar atenção. A única coisa que sei é que me vejo ouvindo a seguinte história...


..*Continua*..

*Qualquer semelhança é mera conincidência.*




por Gabi, aquela que ultimamente deve carregar uma plaquinha com os dizeres
'pode falar que eu não me importo'...
e que só não continua a história pois tem memória fraca
e precisa consultar sua fonte.

2 comentários:

Dri disse...

rsrs gabi essa foi a melhor historia veridica narrada com algumas falhas de memoria que todo mundo entendi depois dessa sem palavras. bjusss criativa hj

Nathalia Costa disse...

Por essas e outras que eu continuo achando que andar de ônibus é um mal que vem para o bem.
Além de tudo, ainda serve para ser tema de um post.
Quero a continuação da história viu?

bjo