quarta-feira, 23 de abril de 2008

Conversa de Janela

Janela em plena 20h20. Janela... Só pode significar uma coisa: escapulida ao shopping. E lá fomos nós, eu, Dona Dri e Dona Ju saindo da sala de aula, após uma torturazinha de História da Arte.

Atravessamos as catracas – que parecem não ter utilidade alguma – e ganhamos a rua.
Inicia-se então a conversa com seguinte assunto: feriado.

Da mesma maneira que meu segundo nome é discrição, lá vou eu contar as peripécias do meu feriado.

Conversa vai, conversa vem. Discutimos diversos assuntos que passaram por nossos feriados – deve-se salientar, porém, que o alvo era o meu feriado, e não o delas.

‘- Você ta pensativa hoje, Gabi.
- É Ju.
- Que que você ta pensando?
- Hum. Feriado. Rs.
- Conte-me.‘ – e contei, entre sorrisos e mais sorrisos.

O ápice de nossa conversa – já no shopping – foi o momento em que mencionei o contratante – que não tem nada a ver com o feriado. Basta dizer que sempre havia um vazio. Nota: o contratante é uma longa história, que não será contada tão cedo.

Inicia-se então uma discussão sobre relacionamentos fáceis, difíceis, moderados.

Joga-se uma pergunta no ar: ‘Como é esse vazio?’. E inicia-se a conversa:

‘- Vazio? Hum. Rs. Acho que é assim: você sempre acha que tem alguma coisa faltando.
- Vazio então.
- Sim. É como se fosse sempre aquilo e nunca houvesse a chance de mudar.
- Hum. Como assim?
- Bom, veja por este lado: não dá pra você ligar às duas horas da manhã dizendo que está carente.
- É. Mas e quando o vazio é constante?
- Tem como o vazio ser constante?
- Sim, um vazio sempre.
- Ai meu Deus...’ – enquanto isso, a Dona Dri já começava a bufar por não ter comido nada ainda.

E a conversa durou ainda alguns minutos, enquanto buscávamos algo pra comer naquele ‘enorme’ shopping.

O que ocorreu, porém, foi que, entre a casquinha que comprei no Mc Donald’s e o momento em que a Ju começou a olhar desesperadamente o relógio no pulso esquerdo, chegamos à conclusão de que aquela história de que ‘a vida é simples, nós é que a complicamos’ é pura balela.

‘- Hum, a vida é complicada.
- Ah Gabi, você sabe como dizem. A vida é simples. Nós é que complicamos.
- Hum. Mas a vida continua sendo complicada. Ju, se você olhar esse relógio de novo...
- É.’

É. Conversas em janelas sempre são assim: assuntos aleatórios, mas profundos.
por Gabi, que no momento não acha nada, e faz
dancinhas estranhas todas as vezes que lembra que 1º de maio é feriado.

domingo, 6 de abril de 2008

Mais Pensamentos...


...

Acho que um dia a gente acaba aprendendo, né? Porque, mesmo que não aprenda, a vida persiste em nos ensinar, até cansar.

Enfim, aprendi...

...que sempre irão existir amigos colegas, amigos distantes, amigos de tomar chá e comer bolinhos, amigos constantes, amigos de contar piada, amigos de amigos, amigos onde as palavras não são necessárias, amigos de amizade colorida, ou, se você não tiver tantos amigos assim, um só que valha por todos, ou por muitos.

...que por mais que você tente não julgar os outros, sempre escapa uma coisa ou outra. (eu que o diga!)

...que você promete não se apaixonar, e se apaixona. Promete novamente e é capaz de fazer qualquer coisa para que dessa vez não sofra de paixonite.

...que você é capaz de tudo ao se ver em um grupo de trabalho somente com seus desafetos: apela para sal grosso, pé de coelho, dente de alho, trevo de quatro folhas e, por incrível que pareça, é capaz até de cogitar a hipótese de arrumar uma galinha preta para fazer uma macumba.

...que, por maior que seja o tempo que você não vê alguém, por menos contato que vocês tenham, irá perceber que as coisas dificilmente mudam, e se mudam, irão te pegar incrivelmente desprevenido.

...que se você não quer encontrar com alguém, principalmente no msn, as chances daquela pessoa dar o ar de sua graça e fazer a janelinha subir no canto direito do monitor é de 110%; e, com toda certeza, ela virá falar com você.

...que, se a notícia for boa, ou melhor, se a fofoca for boa e se a fonte não for você, coincidentemente, você será a última pessoa a saber.

...que tem coisas que não se pode voltar.

...que, mesmo que se passem anos, existem cenas e palavras que ficarão para sempre na memória.

...que, como dizem por aí, o comum *no sentido de igual, parecido* não nos atrái. Ou seja, eu vou acabar com um barrigudo, burro, branquelo, de olhos claros, – que, obviamente, não precise de óculos – possua aversão pela cultura japonesa, seja extremamente patriótico e que não suporte tiques nervosos.

...que eu só faço idiotices quando eu tenho público; se não o tenho, sou uma pessoa completamente normal.

...que são as coisas de menos importância, as que realmente importam.

...que música ruim é sempre mais fácil de lembrar, principalmente se ela possui ritmo detestável.

... que pessoas ruins são inesquecíveis.

...que era verdade aquela história de que ‘somente quando você gostar de si mesmo, poderá gostar dos outros e deixará alguém gostar de você’.

...que eu sou incompreensível.

...que, por mais discreto que seja o ato, alguém irá descobrir o infrator que tirou o sapato em meio à aula.

... e que, depois de muitas horas gastas, chega-se à conclusão de que as pessoas são estranhas.



por Gabi, aquela, sabe? Do tique nervoso, das piadas maldosas e
da risada estranha... e que está estranhamente pensativa nos últimos dias.

sábado, 5 de abril de 2008

Não um Adeus... Somente um Até Logo...



Ontem, aniversário. TPM master. Descobri que as pequenas coisas são aquelas que realmente importam.

Hoje, achei que seria somente mais um dia. Um dia normal. Aquele dia em que se propõe encontrar velhos amigos e jogar conversa fora.

Perceber que as pessoas não mudam. Tanto nos maus quanto nos bons hábitos.

...

Você veio me visitar hoje. Sei que só lembrou do meu aniversário porque eu te disse no dia anterior... Mas, você estava ali.

E é incrível como eu ainda saberia diferenciar seu aroma, mesmo que ele estivesse perdido entre outros milhares. E, depois de tanto tempo, mesmo contra a minha vontade, ainda consigo definir seu perfume. Um dia você leu na minha agenda, mas duvido que sabia do que eu estava falando.. rs. Você tem cheiro de noite, daquelas bem frias, como a de agora. Fria, calma...

Sabe, acho que nunca te disse isso, mas, mesmo sem querer, você, da sua maneira doida, conseguiu conquistar seu espaço no meu coração.

Pode parecer meio piegas, mas você foi minha primeira paixonite. Sabe, daquelas que se passa a noite inteira pensando e que não vê a hora de encontrar no dia seguinte. Eu passava horas pensando em você, sorrindo sozinha, viajando sozinha.

E acabei, mesmo, viajando sozinha. Viagem solitária, essa minha. Onde, apesar dos pesares, eu não me incomodava muito com a solidão.

Foi então que me vi apaixonada. Pois é. Até esse momento, era somente diversão. E, decorrente disso, algumas palavras fugiram dos meus lábios, você me abraçou e o sinal do intervalo tocou.
Era um fim.

Fim este, que eu tentei de todas as formas possíveis, reverter. Fim que eu defini por questão de autodefesa.

E eu fiquei ali, solitária novamente. Mas dessa vez era uma solidão consumada.

Sofri. Acho que agora não tenho mais vergonha de admitir. Provavelmente, não era bem vergonha, mas eu não conseguia me entender. Mas você entendia...

E hoje sei que você foi crucial. Afinal, primeira paixão.

Você foi crucial, mas depois de um tempo, tornou-se substituível. Mas continua sendo inesquecível, porém, superável.

Basta dizer que nossos caminhos são diferentes, nesse momento. Cada um escolheu o seu, conforme suas necessidades.

Não posso te prometer nada, você sabe disso. Me conhece melhor do que muitas pessoas que praticamente nasceram comigo.

Só mais uma coisa a dizer: você também é especial... pra mim.



por Gabi, que, no momento, termina seu texto sem mais palavras.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Bolo, Parabéns, Chantily...

Ai, ai...

Sem palavras sobre a festinha de ontem, depois da aula de Fotografia. ahuahuahauhuha

Brigada meninas. Como eu já disse ontem, vocês são as melhores amigas que alguém poderia ter.

^^

Mas, hoje não tem post grande. Tô de férias pelo resto do dia.. hauahuahuahuahauh

Afinal, não é todo dia que se faz 18 anos...




por Gabi, que, no momento, só pensa que no próximo semestre terá de
assinar o contrato da faculdade...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Causos do Transporte Público - Parte I

Se, em algum momento, passou pela minha mente viajante que após algumas aulas da facul finalmente estaria em casa, sem grandes acontecimentos... Ledo engano (ou não)...

Eis que demoro uma década para pegar, finalmente, um ônibus naquele aglomerado de estudantes do ensino superior.

Desventuras à parte, chego então ao nosso querido 'Passa Raiva' para a segunda tortura da noite: ou é Terminal Varginha, Terminal Grajaú ou só Grajaú mesmo.

Minha falta de memória me impede de lembrar exatamente qual era o maldito do ônibus que eu peguei. Mas, que seja. Foi algum desses.

Finalmente, adentro o ônibus caçando um espaço para me acomodar sem correr perigo de, na primeira curva, fazer movimentos extremamente bruscos e ir parar do outro lado do ônibus.

Acho o bendito do lugar e começo a conversar animadamente com meu pai *que virou acompanhante de aventuras onibulísticas nos últimos tempos* sobre política. Conversa vai, conversa vem. Xingamos um poucos alguns por aí... Até que ela, surge...

Sim, surge. Porque aparecer somente não poderia estar nos seus planos. Era necessário que surgisse, com direito à trilha sonora de filme babaca: uma loira de natureza cosmética, com seu 1,80m de altura, passando longe do peso-pena, salto 15 e maquiagem extravagante *leia-se aqui sombra com glitter e baton vermelho sangue*. Ela então pára na minha frente.

Eu, com meu pequeno defeito de pensar o mal antes de sequer imaginar o bem, já começo a prestar atenção naquela figura, lembrando, vagamente, que era uma segunda-feira. *elas iam para o 'baile'*.

Um comentário, que eu poderia ter ficado sem...

'- Ah, tô com uma vontade de ouvir aquela música...
- Música? Que música? - indaga alguém que a acompanhava e, por acaso, estava berrando da mesma forma que nossa coadjuvante, só que do outro lado do ônibus.
- Aquela, Apartamento Abandonado.'

Silêncio. Parecia que a 'amiga' não sabia qual era esse sucesso. Então, surge o medo. Medo de que ela resolvesse colocar as cordas vocais para funcionar. Contudo, antes que eu pudesse completar esse pensamento, ela então começa:

'- Aquelaa... Tô com saudade de você no meu colchão...' - imagine isso no pior ritmo possível.

Silêncio. Olho para o meu pai, que retribui o olhar. Mordo minha bochecha na tentativa de não dar uma bela de uma risada.

Agora, se eu imaginava que este seria o acontecimento da noite, ai, ai...

Eis que as outras 'amigas' vêm se juntar àquela que se tornou a estrela da noite. E, bem, eram mais do que duas, que resolvem se aglomerar justamente na porta de saída do ônibus.

Sabe-se lá como foi que a conversa chegou ao estágio em que eu comecei a prestar atenção. A única coisa que sei é que me vejo ouvindo a seguinte história...


..*Continua*..

*Qualquer semelhança é mera conincidência.*




por Gabi, aquela que ultimamente deve carregar uma plaquinha com os dizeres
'pode falar que eu não me importo'...
e que só não continua a história pois tem memória fraca
e precisa consultar sua fonte.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Perigo Constante, é?

...


É, alguém me chamou de ‘Perigo Constante’ essa manhã *na verdade nem era manhã, era almoço, mãããs...* e eu achei que merecia uma defesa digna.

Enfim...

Será que eu sou um Perigo Constante por...

...ser meio doida de vez em quando?

...ter ido comprovar a teoria de ‘se você rodar muito, você vai vomitar’?

...conseguir a proeza de enroscar o salto exatamente no lugar onde o ralo do bueiro era maior?

...não conseguir a façanha de guardar meus comentários maldosos somente na minha mente?

...correr para ver quem chega primeiro no bebedouro que tem a água melhor? *Pelo menos não fui EU que quase me afoguei... rs*

...ser estabanada ao extremo?

...derrubar tudo que se encontra próximo à mim em um raio de cinco metros?

...atrair casais apaixonadamente melosos em período de acasalamento? *Tá, isso eu concordo, é perigoso!*

...ter conhecimento vasto de artes marciais que fariam qualquer espertinho pedir por clemência?

Ok, ok. A parte das artes marciais é mentira. Mas, tirando isso, fala sério... Eu não sou um perigo constante. Posso ser, de vez em quando, o alvo de Murphy – esse infeliz que só me atrapalha a vida – mas isso não é constantemente.

Agora, se alguém dissesse ‘Gabi, você é ALVO de perigo constantemente’, aí sim, eu acredito. Porque, afinal, ultimamente certas pessoas estão querendo me jogar no laguinho da facul...





Por Gabi, aquela que percebeu que sua defesa não foi algo convincente,
mas que
outra hora irá se defender honrosamente.