segunda-feira, 1 de setembro de 2008

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E de repente, não mais que de repente, sente-se um vazio.

Vazio daquilo que foi, mas não era.

Daquilo que era, mas não foi.

Daquilo que poderia ter sido, mas nunca seria.

Daquilo que seria se simplesmente tivesse sido.


E percebe-se que o mundo está realmente onde deveria estar.

Mas alguém está errado nesse mundo.


E as respostas poderiam ser entregues num envelope pelo correio.

E as pessoas poderiam ser mais simples.

E os sonhos poderiam ser mais do que pesadelos.

E as histórias poderiam ser menos tristes.


E nota-se que andando na chuva realmente não se encontra ninguém.

Não quando você realmente não quer encontrar.


Mas, pelo visto, é só parar de procurar.

Porque procurar é notar.

E notar é perder.


E há quem diga que borboletas trazem sorte.

Há aqueles que acreditam em amor.

Há quem garanta que tudo pode acontecer.

E há quem não acredite em nada.

Nem em sofrer.


A sorte poderá vir numa manhã de chuva.

O amor poderá chegar pulando corda.

A crença em tudo; em nada.

...


Deve ser tudo por causa do estômago roncando.



por Gabi.